quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Insubstituíveis...

Por Ana Laura M. Sanchez

" Não existem pessoas insubstituíveis".

Com certeza você já ouviu essa frase. Eu descordo plenamente. Obviamente posso concordar que se pode substituir um colaborador de uma empresa. O cargo é substituível, mas não a pessoa. Pode-se até haver uma contratação que melhore ou piore o setor, mas ninguém é substituível. Recebi um e-mail, e analisei esse assunto, e realmente faz sentido! Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Mickael Jackson? Os Beatles? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?

 Todos esses talentos, marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus erros/deficiências. Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico. O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Hoje o mercado anda competitivo, e cada vez mais exigente, como já falei em alguns posts atrás. Estou lendo um livro interessante, chamado " O feitiço das Organizações", de Maria Ap. Rhein (minha professora da pós-Comex) no qual é expressado o modo como as organizações "enfeitiçam" o trabalhador. Se ele é um profissional responsável, irá rapidamente se adequar aos padrões da empresa. E, em troca da dedicação e da entrega do tempo e da vida à organização, espera ser recompensado, através de aumento salarial, reconhecimento, poder, posição social. Mas que acontece com muitos trabalhadores é a perda da identidade pessoal, passando a ser uma extensão da organização. Você não é mais o fulano, mas sim, o fulano da empresa tal. Se a aliança e a entrega total do trabalhador na organização é resultado de um mundo simbólico, imaginário, representado por intenções e promessas, sucesso, reconhecimento social, etc., igualmente o rompimento dessa aliança, afetará o seu psicológico como abandono, fracasso, impotência, condenação à desgraça. 
Por isso, é preciso que os trabalhadores sejam independentes, gestores de si próprios e de suas carreiras. Que tenha em mente que não é substituível, mas sobreviverão sem ele, e ele sem a empresa. Que a crise de um possível desemprego, seja sim, visto como uma nova fase, novas oportunidades e idéias sempre aparecem nos momentos de crise.


É preciso ser dono da própria vida,
do próprio destino.
Nossa vida é feita de escolhas.
Tenha Fé, sempre.



Beijo na ponta do nariz,


Ana Laura M. Sanchez

Um comentário:

  1. Dispensa comentários,né Ana?
    Foi bem colocado "feitiço das empresas".
    Mas, criar uma dependência e ser dono da própria vida, é um hábito que tenho que adquirir.
    Abraço!!!

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