quinta-feira, 8 de abril de 2010

O Pequeno Príncipe



Este livro virou um clichê... eu sei, mas leiam novamente! É lindo!


De tempos em tempos, eu releio este livro e percebo coisas novas...mergulho no meu inconsciente e reencontro aquela criança cheia de sonhos e fantasias.
O pequeno príncipe é uma obra aparentemente simples, mas, apenas aparentemente. É profunda e contém todo o pensamento e a "filosofia" de Antoine Saint-Exupéry. Apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geômetra, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O pequeno príncipe vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.É uma obra que nos mostra uma profunda mudança de valores, que ensina como nos equivocamos na avaliação das coisas e das pessoas que nos rodeiam e como esses julgamentos nos levam à solidão. Nós nos entregamos a nossas preocupações diárias, nos tornamos adultos de forma definitiva e esquecemos a criança que fomos.
Talvez a época correta – se não fossem os preconceitos literários – para ser lido, seja agora, por “gente grande”.
"Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias, e uma velha casa que eu amava. Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar; reduzida apenas a um sonho, bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado."
"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla.""Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas." (
Antoine de Saint-Exupéry).

Reler, mesmo que rapidamente, pode ser útil para colocar em dia o papo com o “pequeno príncipe” oculto em cada um de nós.
Beijos a todos !
Ana Laura M. Sanchez