Um dia, vendo que nada o segurava dentro da granja, resolveu puní-lo. Fincou um bambu longe da granja, no meio do pomar, arrumou um barbante e amarrou o frango. De repente, o mundo tão amplo que a ave tinha foi reduzido a uma distância à qual o barbante lhe permitia chegar. De tanto andar nesse círculo, a grama, que era verde, foi desaparecendo e ficou somente a terra.
Depois de um tempo, o dono acreditou que o castigo já estava dado, pois o frango, que era tão inquieto e audacioso, havia se tornado pacato e desinteressado. Então, cortou o barbante que lhe prendia o pé e o deixou solto. Agora estava livre, poderia ir aonde quisesse. Mas, estranhamente, o frango mesmo solto não ultrapassava o limite que lhe havia sido imposto. Só ciscava e andava dentro do círculo que criara. Olhava para o lado de fora, mas não tinha coragem suficiente para se aventurar e sair do seu espaço. Preferiu ficar do lado conhecido. Com o passar do tempo, envelheceu e ali morreu.
Nesta situação, podemos analisar por vários ângulos, dois deles são:
Relacionamento amoroso: Se você conheceu a pessoa que ama, quando ela era uma ave bonita, que tinha suas individualidades, tinha seus compromissos, seus sonhos, convívios e várias manias, porque agora, que tem um relacionamento com ela, embasado em amor mútuo, sempre quer transformá-la em uma pessoa adestrada a teus quereres? O mundo não é uma gaiola que você a mantém lá dentro, isso é puro egoísmo. Converse, tenha sua liberdade e dê liberdade, esclareça os limites, que todos devemos ter, claro. Mas a confiança sendo base, não faz sentido aprisionar achando que tem o controle da situação.
Relacionamento Profissional: Se você não der asas aquele funcionário que é ousado, que sempre tem idéias, ele vai se limitar a fazer sempre a mesma coisa, e o talento será disperdiçado na empresa, como centenas todos os dias. Arrisque-se, dê limites mas não prive a capacidade, pois todos na empresa ganham com funcionáris motivados e cheios de idéias.
Lembrem-se que sem liberdade para ousar, sem liberdade para ser quem você é, a vida se torna monótona e desinteressante.
Beijo na ponta do nariz,
Ana Laura M. Sanchez
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